As amplas reflexões estético-filosóficas desenvolvidas por Schiller respondiam às exigências da Aufklärung e de duas revoluções: a kantiana e a francesa. Para Schiller, chegara a hora de fazer com que a esfera estética fosse finalmente atingida pela “revolução no modo de pensar” iniciada por Kant. Ainda que a Crítica da faculdade do juízo tivesse lançado as bases para isso, muito restava a ser feito: era preciso encontrar o fundamento objetivo do belo e investigar exaustivamente os efeitos do gosto e da beleza sobre a formação do homem e da sociedade. Essa demanda do presente era de natureza eminentemente prática. Schiller via no belo e no gosto as forças destinadas a formar as condições subjetivas unicamente sob as quais poderia florescer o que os revolucionários franceses não haviam sido capazes de criar: uma cultura da liberdade. Os problemas da educação estética e da crítica da modernidade em Schiller são o pano de fundo dos estudos reunidos neste livro. Neles, é mostrado, em primeiro plano, como Schiller determinou a especificidade do estético, estabelecendo seus limites e sua eficácia face à razão teórica e à razão prática – e como tudo isso resultou numa concepção original do idealismo transcendental, agora compreendido como um idealismo estético.
Capa com impressão em serigrafia.