Este mês vamos celebrar aqui na Pindorama nossa ancestralidade “festeira” tupinambá. Exímios dançarinos, cantores e músicos, os tupis da Guanabara foram exaltados como verdadeiros artistas por diversos cronistas quinhentistas portugueses. Seus cantos, modos de dançar e hinos foram anotados pelos franceses, testemunhas de muitos de seus rituais e festas antes do apocalipse colonial. O principal deles foi o colono protestante Jean de Léry, que após abandonar o forte Coligny devido aos maus-tratos do vice-almirante Villegagnon, viveu meses se deslocando entre as aldeias tupinambás em 1557. Em sua obra Uma viagem ao Brasil, ele descreve vivamente a festa do cauim, na qual todos se entregavam à embriaguez e à luxúria, mas também aos rituais de nascimento, morte, puberdade e casamento, complexos e cheios de etapas “mágicas” e “festeiras”.
Existiam os momentos específicos para os cantos dedicados aos peixes e à pescaria, a beleza da arara-canindé, a boa caça, a prosperidade da colheita, a morte da onça e os chamamentos da chuva atrasada. Também certos “cantores” compunham de improviso oratórias de “partido alto” contando a história comunal da taba, entremeando refrãos que eram repetidos por todos. Ao redor das ocas e da ocara, algumas festas duravam dias. Nelas, os convidados se apresentavam nos melhores trajes e pinturas, ornados de penas, diademas, braceletes e colares. Antes das expedições guerreiras, os feitos heroicos dos antepassados eram lembrados e as juras de vingança aos inimigos atualizadas, entre danças e maracás, até o dia do ataque final.
A época do ano onde os convivas ficavam mais afeitos à festança era justamente o fim do ano, quando o milho amadurecia e algumas piracemas se sucediam. O resultado de um ano bom era então comemorado no binômio cauim de qualidade e peixe gordo na tapioca. Tudo que uma boa ceia guanabarina não pode deixar faltar até os dias de hoje. Os homens então se excitavam a ir à guerra em busca de valor e prestígio, ao prender um ou outro inimigo odiado para que a festa ficasse completa. O peixe era seco, ensacado e podia ser consumido em longo prazo. A “farinha de munição” essencial para as longas viagens de guerra só podia ser obtida nas grandes pescarias da piracema de tainhas e paratis dos rios cariocas.
Os esquadrões guerreiros das tabas tupinambás se dedicavam à captura de grande quantidade de peixes e depois se preparavam para as tão prometidas vinganças em seus cantos. Os pajés eram consultados, os mais velhos se reuniam na fumagem, os sonhos eram anotados como presságios e os kunumiuasus incentivados a lutar. A expedição acontecia e dias depois o pelotão voltava a toda nas igaraçus, trazendo amarrados os sequestrados de outra baía.
A festa já começava na chegada do prisioneiro à taba de seu captor, como Hans Staden deixou em testemunho de 1554. A comemoração ia noite adentro na preparação do guerreiro inimigo para o seu derradeiro final. No Rio de Janeiro os franceses acompanharam por cinco dias as festas, cerimônias e rituais que antecediam o sacrifício e a antropofagia do capturado numa morte tanto real quanto espiritual, alvo da vingança coletiva. O próprio assumia o seu papel e se sentia honrando por morrer “em festa” ornado e pintado, tomando parte daquilo que lhe cabia em toda as etapas, dando o seu melhor quando lhe era permitido escapar de seus algozes, alvejá-los com pedras e flechas sem pontas, resistir à corda muçurana o que prendia, xingar e rogar pragas a quem lhe desejasse mal.
Era por essa corda que a festa começava. O primeiro dia era dedicado à sua fabricação, com danças e louvores. Os mais velhos a trançavam com nós especiais e a untavam com o cal das conchas para torná-la áspera e mais eficiente na prisão da vítima. A corda tinha que ser pesada e grossa, e todo o processo era feito na frente do prisioneiro. Este era especialmente preparado, tosado e pintado pelas mais velhas da taba, enquanto os homens responsáveis pela festa também se preparavam e festejavam.
No segundo dia ocorriam jogos de recaptura do prisioneiro. Os tupinambás se entregavam a construir uma grande fogueira com bambus, em volta da qual dançavam para festejar a morte do rival que era convidado a atirar paus e pedras nos dançarinos, podendo ele mesmo ter sua própria vingança física de seus algozes antes da morte.
No terceiro dia, dedicavam-se a festejar mais ainda com as flautas de ossos dos inimigos que tocavam no momento dos ataques. O som das expedições guerreiras, como a lembrar o prisioneiro a música fúnebre de sua captura. Os convidados de outras tabas chegavam e todos se reuniam para dançar ritmado batendo com o pé no chão à espera dos próximos dias tão esperados da festa. Ao prisioneiro são jogadas penas de papagaio que funcionavam na cultura tupi como o martelo do juiz ou a extrema-unção da religião católica. Existem relatos de que o próprio prisioneiro muitas vezes participava da festa como se convidado fosse e se embriagava de cauim. Era o último adeus.
No quarto dia o prisioneiro era purificado com um banho no rio. Seus últimos pelos eram cortados e acontecia um último ritual de recaptura. No Rio de Janeiro, o franciscano André Thevet descreveu a cena desse último “jogo” na festa com uma grande audiência: dois grupos guerreiros abriam uma espécie de “corredor polonês” e o prisioneiro era então liberto a determinada distância sendo persuadido a correr para salvar-se. Uma última chance e então se dava o alvoroço para ver qual guerreiro seria capaz de dominá-lo e arrastá-lo de volta ao centro da ocara. Uma honra que trazia ao mais capaz ou sortudo certa distinção. A corda muçurana branca, grossa e pesada era, enfim, amarrada no seu pescoço e uma série de cantos eram entoados pelas mulheres para lembrar-lhe sua condição inimiga. O restante desse dia ficaria por conta da unção do ibirapema sagrado, a arma sacrificial da taba que precisava ser carregada de poderes especiais. Ele era pendurado em uma estrutura no meio da aldeia e a noite era rodeada por danças e cantos, sendo ornada e empenada pelos pajés. Durante a noite, o ibirapema tinha que “adormecer” pelo som dos tambores e músicas tristes.
No quinto dia antes do nascer do sol a cauinagem final já começava para calibrar a excitação do espetáculo que aconteceria logo pela manhã. E assim que o “vinho de milho” acabava, procediam-se os rituais finais da cerimônia de vingança do inimigo. A muçurana descia para a cintura do prisioneiro e toda a audiência corria para ver o encontro com o carrasco pintado de rubro com um manto de ave da cabeça ao chão. Um padrinho o entregava o ibirapema cerimônial e carrasco e vítima travavam um diálogo descrito por cronistas europeus. Atualizadas as desavenças, o jogo principal consistia no carrasco ser capaz de acertar um golpe tão potente e mortal de forma que a vítima caísse especialmente de bruços já sem vida, com o crânio rachado. Os indivíduos escolhidos para matar o prisioneiro em geral eram jovens guerreiros, avaliados em seu desempenho pelos mais velhos e experientes, o que tornava esse momento crucial na vida do homem tupi. Preso pela cintura e seguro por tupinambás pelas pontas, cabia ao prisioneiro tentar desviar dos golpes do carrasco. A plateia apupava a dupla e torcia pela morte do inimigo, o que costumava acontecer rápido para vibração geral dos arcos guerreiros.
A partir daí, esse inimigo devia ser vingado por todos, sendo o mesmo, assado no moquém e suas partes desmembradas, vísceras se transformavam num mingau, e todos deviam partilhar de sua carne e sangue. Um churrasco daqueles, e às crianças era explicado que isso acontecia porque aquele indivíduo havia causado muito mal aos seus antepassados em guerras anteriores e que eles deviam odiá-lo para o bem de todos.
Nesse dia, a festa se consumava por completo: satisfeitos, refestelados, entretidos, embriagados e, por fim, física e espiritualmente vingados. A vida podia seguir seu curso normal, para que, na próxima colheita, na próxima piracema, no fim do ano… o milho e o peixe, o cauim e a guerra, enfim, levarem à grande festa, em que durante cinco dias a vida era celebrar.
Rafael Freitas da Silva é carioca, jornalista, repórter e produtor de TV. Publicou pela Relicário O Rio antes do Rio, que se encontra na 5ª edição. Prepara a publicação do próximo livro, Arariboia.
PUBLICAR UM LIVRO, MAIS UMA VEZ por Ana Elisa Ribeiro Caiu a ficha. Um dia, depois de anos e anos escrevendo e publicando poesia e prosa, me dei conta de que nunca havia sido editada por uma mulher. Tive experiências diversas e interessantes em editoras dirigidas por homens, em estados diferentes do Brasil, …
“VAI, ADAUTO, SER LIVREIRO NA VIDA” por Adauto Leva, da Livraria Cabeceira Quando me perguntam por que eu abri uma livraria, eu respondo que foi para trabalhar com o produto que eu mais gosto na minha vida. Primeiro de tudo, sou um leitor, foi assim que a vida fez sentido para mim e é …
Nesta coluna Alfaiataria de outubro, Adriana Lisboa nos surpreende com um belo presente de aniversário pelos 8 anos da Relicário! Ela nos brinda com poesia inédita –– um verdadeiro deleite –– e divide conosco seu sentimento por fazer parte de nossa história e de nosso catálogo, já por incríveis três anos: dois livros de poesia, …
LIVRO TODO DIA por Ana Elisa Ribeiro Em vez de “Dia do Livro”, “Livro Todo Dia” é uma proposta que me fiz desde criança. Numa quinta-feira quente, durante uma banca de mestrado sobre como ensinar a ler melhor, meio desanimadas, falávamos da nossa relação sistematicamente precarizada com a leitura, em especial a de professores …
COLUNA PINDORAMA
GUANABARA EM FESTA
por Rafael Freitas da Silva
A festa do cauim.
Este mês vamos celebrar aqui na Pindorama nossa ancestralidade “festeira” tupinambá. Exímios dançarinos, cantores e músicos, os tupis da Guanabara foram exaltados como verdadeiros artistas por diversos cronistas quinhentistas portugueses. Seus cantos, modos de dançar e hinos foram anotados pelos franceses, testemunhas de muitos de seus rituais e festas antes do apocalipse colonial. O principal deles foi o colono protestante Jean de Léry, que após abandonar o forte Coligny devido aos maus-tratos do vice-almirante Villegagnon, viveu meses se deslocando entre as aldeias tupinambás em 1557. Em sua obra Uma viagem ao Brasil, ele descreve vivamente a festa do cauim, na qual todos se entregavam à embriaguez e à luxúria, mas também aos rituais de nascimento, morte, puberdade e casamento, complexos e cheios de etapas “mágicas” e “festeiras”.
Existiam os momentos específicos para os cantos dedicados aos peixes e à pescaria, a beleza da arara-canindé, a boa caça, a prosperidade da colheita, a morte da onça e os chamamentos da chuva atrasada. Também certos “cantores” compunham de improviso oratórias de “partido alto” contando a história comunal da taba, entremeando refrãos que eram repetidos por todos. Ao redor das ocas e da ocara, algumas festas duravam dias. Nelas, os convidados se apresentavam nos melhores trajes e pinturas, ornados de penas, diademas, braceletes e colares. Antes das expedições guerreiras, os feitos heroicos dos antepassados eram lembrados e as juras de vingança aos inimigos atualizadas, entre danças e maracás, até o dia do ataque final.
A época do ano onde os convivas ficavam mais afeitos à festança era justamente o fim do ano, quando o milho amadurecia e algumas piracemas se sucediam. O resultado de um ano bom era então comemorado no binômio cauim de qualidade e peixe gordo na tapioca. Tudo que uma boa ceia guanabarina não pode deixar faltar até os dias de hoje. Os homens então se excitavam a ir à guerra em busca de valor e prestígio, ao prender um ou outro inimigo odiado para que a festa ficasse completa. O peixe era seco, ensacado e podia ser consumido em longo prazo. A “farinha de munição” essencial para as longas viagens de guerra só podia ser obtida nas grandes pescarias da piracema de tainhas e paratis dos rios cariocas.
Os esquadrões guerreiros das tabas tupinambás se dedicavam à captura de grande quantidade de peixes e depois se preparavam para as tão prometidas vinganças em seus cantos. Os pajés eram consultados, os mais velhos se reuniam na fumagem, os sonhos eram anotados como presságios e os kunumiuasus incentivados a lutar. A expedição acontecia e dias depois o pelotão voltava a toda nas igaraçus, trazendo amarrados os sequestrados de outra baía.
A festa já começava na chegada do prisioneiro à taba de seu captor, como Hans Staden deixou em testemunho de 1554. A comemoração ia noite adentro na preparação do guerreiro inimigo para o seu derradeiro final. No Rio de Janeiro os franceses acompanharam por cinco dias as festas, cerimônias e rituais que antecediam o sacrifício e a antropofagia do capturado numa morte tanto real quanto espiritual, alvo da vingança coletiva. O próprio assumia o seu papel e se sentia honrando por morrer “em festa” ornado e pintado, tomando parte daquilo que lhe cabia em toda as etapas, dando o seu melhor quando lhe era permitido escapar de seus algozes, alvejá-los com pedras e flechas sem pontas, resistir à corda muçurana o que prendia, xingar e rogar pragas a quem lhe desejasse mal.
Era por essa corda que a festa começava. O primeiro dia era dedicado à sua fabricação, com danças e louvores. Os mais velhos a trançavam com nós especiais e a untavam com o cal das conchas para torná-la áspera e mais eficiente na prisão da vítima. A corda tinha que ser pesada e grossa, e todo o processo era feito na frente do prisioneiro. Este era especialmente preparado, tosado e pintado pelas mais velhas da taba, enquanto os homens responsáveis pela festa também se preparavam e festejavam.
No segundo dia ocorriam jogos de recaptura do prisioneiro. Os tupinambás se entregavam a construir uma grande fogueira com bambus, em volta da qual dançavam para festejar a morte do rival que era convidado a atirar paus e pedras nos dançarinos, podendo ele mesmo ter sua própria vingança física de seus algozes antes da morte.
No terceiro dia, dedicavam-se a festejar mais ainda com as flautas de ossos dos inimigos que tocavam no momento dos ataques. O som das expedições guerreiras, como a lembrar o prisioneiro a música fúnebre de sua captura. Os convidados de outras tabas chegavam e todos se reuniam para dançar ritmado batendo com o pé no chão à espera dos próximos dias tão esperados da festa. Ao prisioneiro são jogadas penas de papagaio que funcionavam na cultura tupi como o martelo do juiz ou a extrema-unção da religião católica. Existem relatos de que o próprio prisioneiro muitas vezes participava da festa como se convidado fosse e se embriagava de cauim. Era o último adeus.
No quarto dia o prisioneiro era purificado com um banho no rio. Seus últimos pelos eram cortados e acontecia um último ritual de recaptura. No Rio de Janeiro, o franciscano André Thevet descreveu a cena desse último “jogo” na festa com uma grande audiência: dois grupos guerreiros abriam uma espécie de “corredor polonês” e o prisioneiro era então liberto a determinada distância sendo persuadido a correr para salvar-se. Uma última chance e então se dava o alvoroço para ver qual guerreiro seria capaz de dominá-lo e arrastá-lo de volta ao centro da ocara. Uma honra que trazia ao mais capaz ou sortudo certa distinção. A corda muçurana branca, grossa e pesada era, enfim, amarrada no seu pescoço e uma série de cantos eram entoados pelas mulheres para lembrar-lhe sua condição inimiga. O restante desse dia ficaria por conta da unção do ibirapema sagrado, a arma sacrificial da taba que precisava ser carregada de poderes especiais. Ele era pendurado em uma estrutura no meio da aldeia e a noite era rodeada por danças e cantos, sendo ornada e empenada pelos pajés. Durante a noite, o ibirapema tinha que “adormecer” pelo som dos tambores e músicas tristes.
No quinto dia antes do nascer do sol a cauinagem final já começava para calibrar a excitação do espetáculo que aconteceria logo pela manhã. E assim que o “vinho de milho” acabava, procediam-se os rituais finais da cerimônia de vingança do inimigo. A muçurana descia para a cintura do prisioneiro e toda a audiência corria para ver o encontro com o carrasco pintado de rubro com um manto de ave da cabeça ao chão. Um padrinho o entregava o ibirapema cerimônial e carrasco e vítima travavam um diálogo descrito por cronistas europeus. Atualizadas as desavenças, o jogo principal consistia no carrasco ser capaz de acertar um golpe tão potente e mortal de forma que a vítima caísse especialmente de bruços já sem vida, com o crânio rachado. Os indivíduos escolhidos para matar o prisioneiro em geral eram jovens guerreiros, avaliados em seu desempenho pelos mais velhos e experientes, o que tornava esse momento crucial na vida do homem tupi. Preso pela cintura e seguro por tupinambás pelas pontas, cabia ao prisioneiro tentar desviar dos golpes do carrasco. A plateia apupava a dupla e torcia pela morte do inimigo, o que costumava acontecer rápido para vibração geral dos arcos guerreiros.
A partir daí, esse inimigo devia ser vingado por todos, sendo o mesmo, assado no moquém e suas partes desmembradas, vísceras se transformavam num mingau, e todos deviam partilhar de sua carne e sangue. Um churrasco daqueles, e às crianças era explicado que isso acontecia porque aquele indivíduo havia causado muito mal aos seus antepassados em guerras anteriores e que eles deviam odiá-lo para o bem de todos.
Nesse dia, a festa se consumava por completo: satisfeitos, refestelados, entretidos, embriagados e, por fim, física e espiritualmente vingados. A vida podia seguir seu curso normal, para que, na próxima colheita, na próxima piracema, no fim do ano… o milho e o peixe, o cauim e a guerra, enfim, levarem à grande festa, em que durante cinco dias a vida era celebrar.
Rafael Freitas da Silva é carioca, jornalista, repórter e produtor de TV. Publicou pela Relicário O Rio antes do Rio, que se encontra na 5ª edição. Prepara a publicação do próximo livro, Arariboia.
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