“Feita no Brasil é o nome dado para uma teorização sobre a tragédia Ática pautada pelos insights e comportamentos poéticos de quatro luminares da cultura brasileira: João Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Heitor Villa-Lobos e Manuel Bandeira; tessitura crítica de Tereza Virgínia Ri – beiro Barbosa produzida a partir do olhar atualizado dian – te de seu tempo. Sem dúvida, uma mirada que exercita e ressignifica o lugar da teoria e da práxis teatral. A autora busca a oralidade escrita do mineiro, o ritmo nacional e a simplicidade complicada de Mário, Villa e Manuel para traduzir a palavra teatral. Eis que surge, daí, o ático brasi – leiro como tradução da cena democrática de um passado, segundo Barbosa, urgente e indispensável na terra brasilis . Tal empreitada aponta, sem dúvida, para uma revivescência de textos antigos à moda Brasil e, em razão da advertência de Sontag “exibir os mortos é o que fazem os inimigos”, viva e Feita no Brasil, nasce a tragédia tupiniquim catrumana! Nas frestas da performance, a festa da filologia que reúne a pupila espelhante do passado e do presente, afinal: “O pre – sente tem sua própria alegria, é mesa cheia pros viventes!” (Eurípides, Medeia, 203-204)”.
Marcos Antônio Alexandre Fale/Eba- UFMG/CNPq