É mais fácil imaginar o fim da arte contemporânea do que debater os vitalismos poéticos na era do capitalismo tardio? Partindo dessa questão, reescrita por Davis Diniz aqui em tom paródico em relação àquilo que Mark Fisher (1968-2017) apontava como o fatalismo neoliberal imposto a nós pelo capitalismo tardio, este livro revisa o conceito de “nostalgia formal” para reescrevê-lo como possibilidade de vitalismos poéticos característicos deste princípio de século XXI.
Estaríamos imersos em um cenário de poéticas inoperantes em que nada mais poderá se apresentar sob a forma de uma criação vitalista? Ou, pelo contrário, haveria alguma residualidade de estéticas disruptivas, entre nós, não de todo estéreis? E, portanto, mesmo em âmbito das nostalgias formais, não mais (ou sim) se encontrariam produções dinamizadoras do campo literário contemporâneo? São algumas das interpelações feitas pelo autor deste ensaio investigando ações literárias emergentes nas últimas décadas, a exemplo de Anne Carson, Ana Martins Marques, Gabriela Cabezón Cámara, Amara Moira, entre outres.